COMPROMISSO COM SANEAMENTO PÚBLICO GARANTE APOIO À REELEIÇÃO DE FUAD NOMAN

O Sindágua lê a notícia para você:

A combinação de um governo estadual relapso e que defende com unhas e dentes políticas antissociais com um prefeito radical de ultra direita em Belo Horizonte pode ser a gota que faltava para acabar de vez com a Copasa e a universalização do saneamento no Estado.

O SINDÁGUA faz constantes alertas que Belo Horizonte representa 27% da arrecadação da Copasa e que perder a concessão na capital repercutirá sobre a população de toda Minas Gerais, principalmente de municípios de IDH mais pobre e que dependem da política de subsídio cruzado para ter acesso ao saneamento básico.
A concessão dos serviços essenciais de saneamento, hoje prestados pela Copasa, vence em 2032 e precisamos ter no poder municipal nomes compromissados com políticas sociais, pensando não apenas nos belo-horizontinos, mas em uma população gigantesca em todo o Estado que pode correr para a capital em busca de tratamento por doenças hídricas, se não tiverem recursos suficientes para pagar pela ganância de empresas privadas que eventualmente passem a operar nos municípios onde vivem.

No segundo turno da eleição para a Prefeitura de Belo Horizonte, o ultradireitista Bruno Engler, que já declarou seu gosto pelas privatizações, patina para tentar superar a frente de apoio ao atual prefeito, Fuad Noman. Vale lembrar ainda o forte alinhamento do candidato bolsonarista com a pauta privatista. Ele é integrante da comissão de privatização da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, cujo relatório final recomendou o fim da exigência de referendo popular para a privatização das empresas de serviços públicos essenciais e estratégicos, como Copasa e Cemig.

Sabemos da urgência de barrarmos a privataria dos serviços públicos essenciais, para conter o avanço da extrema direita, o favorecimento ao capital privado e o desmonte das estatais e do meio ambiente. Por isso, trabalhadores da Copasa lançaram um manifesto em defesa do saneamento público e em apoio à candidatura de Fuad Noman, destacando que a reeleição do atual prefeito é “fundamental para unir os mais diversos grupos de Belo Horizonte na luta contra a extrema direita, que busca privatizar serviços essenciais e enfraquecer políticas públicas”.

O documento, entregue pelos diretores do SINDÁGUA Lucas Tonaco e Sílvia Ferreira, aponta ainda que “a água e o esgoto tratados não podem ser transformados em mercadoria, sujeitos aos interesses de mercado. É necessário que a Copasa siga como uma empresa pública, que priorize o atendimento à população em vez do lucro de poucos”. Destaca também a importância de se valorizar os trabalhadores da Copasa, que, com “dedicação e competência, garantem diariamente o acesso da população a serviços essenciais”, mesmo com a crescente e absurda terceirização e o desmonte da empresa, com o objetivo de facilitar a privatização.

“Nesse sentido, apoiamos a reeleição de Fuad Noman, que representa a continuidade de um projeto comprometido com a renovação da concessão e com a manutenção da Copasa como empresa pública.”