Mobilização de sindicatos e deputados da oposição a Zema impede avanço da PEC que derruba plebiscito para privatização de estatais
A resistência contra o entreguismo do governo Zema para vender as empresas estatais de Minas que prestam serviços essenciais à população impediu que o golpe avançasse, nesta segunda-feira, dia 30 de junho, em reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Foi a terceira reunião consecutiva com derrota dos golpistas, que pretendem aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 24/23, de autoria do governador Romeu Zema. Como não pretende cumprir o que a Constituição do Estado determina, Zema decidiu mudá-la, tirando do povo o direito de se manifestar sobre a venda de empresas estatais, impedindo também os votos dos próprios deputados estaduais, através da redução de 3/5 para maioria simples para fazer mudanças constitucionais, ou seja, fragilizar completamente a Constituição para o governador fazer o que bem entende.
Com forte resistência em mobilização do SINDÁGUA, Sindieletro e diversos sindicatos, além da bancada de deputados que tem compromissos sociais, foi impedida a aprovação defendida por governistas dentro da CCJ para acabar com o referendo popular e o voto qualificado, que hoje protegem o patrimônio do Estado contra a privataria.
O governador Zema distorce os objetivos do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), com a insistência em privatizar empresas como a Copasa e a Cemig, promovendo mudanças constitucionais para atingir seus objetivos. Absurdamente, uma “Comissão de CONSTITUIÇÃO e Justiça”, no lugar de mostrar que uma proposta é inconstitucional, se arvora em “ADAPTAR” a Constituição PARA VALIDAR a irregularidade.
A resistência continua forte para impedir nova tentativa de golpes em próximas reuniões, e todos os envolvidos na defesa do patrimônio público de Minas denunciarão os deputados golpistas para que não voltem ao Parlamento na eleição do próximo ano.
