Em votação que varou a madrugada desta sexta-feira, 24, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), 52 deputados aprovaram em 1º turno a PEC 24/2023, que cassa o direito da população ao “referendo” para a venda de estatais estratégicas, a começar pela Copasa, em apoio ao projeto do governador Romeu Zema para a privatização da empresa.
De um total de 70 deputados presentes, 18 votaram contra a proposta que exclui o direito do povo de decidir, com a ausência de seis parlamentares.
A Reunião Extraordinária começou às 18 horas de quinta-feira (23) e se estendeu até às 4h30 da manhã desta sexta (24), mediante convocação de nova Reunião Extraordinária à 00h01.
Os governistas barraram todas as tentativas de obstrução da matéria pelos deputados do Bloco Democracia e Luta, forçando a votação em plenário sem uma discussão maior da proposta, perfeitamente possível depois que o governo federal esticou o prazo para finalização de processos dos governos para o Programa de Pleno Pagamento das Dívidas dos Estados (Propag).
As galerias do plenário da ALMG ficaram superlotadas de trabalhadores da Copasa e de outras categorias em empresas estatais, como Cemig, Correios e da Educação.
A luta contra o entreguismo do governo Zema e de deputados que querem impedir o povo de decidir sobre as estatais continua com uma mobilização necessariamente muito mais intensa dos trabalhadores e de toda a sociedade, para defendermos nosso direito a serviços públicos essenciais como responsabilidade do Estado.
A matéria, agora, volta à Comissão Especial, para emissão de parecer de 2º turno, antes de retornar ao plenário para votação definitiva.
GREVE SUSPENSA PROVISORIAMENTE
O Sindicato oficializou à Copasa o “encerramento do movimento paredista, informando, ademais, da orientação aos trabalhadores e trabalhadoras representados para que reassumam suas atividades de trabalho, até novas deliberações.”
Registramos no ofício o “agradecimento a todas as trabalhadoras e trabalhadores que se mobilizaram para defender a empresa e o serviço público, garantindo a contento a continuidade dos serviços essenciais (água e esgoto) durante a greve.”


