A força bruta do poder econômico fez a cabeça de 53 deputados estaduais, que se dobraram ao projeto político de Romeu Zema e de banqueiros interessados em tomar para si a exploração de serviços e tarifas de saneamento básico em Minas Gerais, aprovando em segundo turno no plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais a autorização para a privatização da Copasa.
Apesar de não terem nenhum documento ou estudo de viabilidade da privatização, sem se aterem à situação econômica de plena sustentabilidade da Copasa, inclusive com distribuição fabulosa de dividendos aos acionistas, sem levarem em conta indenização que a empresa receberá da Vale, de três vezes mais do que o valor da empresa para vendê-la, sem fazerem um único discurso e nenhum argumento favorável à negociata, os deputados facilitaram e autorizaram o desgovernador Romeu Zema a entregar os serviços de saneamento para compradores, identificados como seus financiadores de campanha política.
Apesar da traição dos deputados, que rebolaram para superar o quórum mínimo para vender a Copasa, a batalha ainda não está perdida e agora passa pela judicialização contra as irregularidades cometidas neste crime de lesa-pátria, praticado por Romeu Zema e seus deputados. Processos já foram encaminhados e à luz da Justiça têm provas contundentes de fraudes cometidas para o entreguismo do serviço público à ganância privada pelo lucro.
Mesmo com uma tragédia consumada, como aconteceu em São Paulo, vemos a privatização da energia dos paulistanos desmoralizar seus condutores, que se obrigaram a pedir apoio ao Governo Federal para romper o contrato da privatização que fizeram.
DEPUTADOS ENTREGUISTAS DO SERVIÇO PÚBLICO DE SANEAMENTO PARA A EXPLORAÇÃO DE
EMPRESA PRIVADA


