O Sindágua lê a notícia para você:
Reportagem veiculada pelo jornal “O Tempo” deste dia 4 de fevereiro escracha a qualidade de serviços e de tarifas praticadas nas contas da Copasa, sem, contudo, ir à origem da tragédia que estamos denunciando desde que o governo Zema vem patrocinando a dilapidação e sucateamento das estruturas da empresa, com o objetivo de destruir sua imagem pública para facilitar um eventual processo de privatização.
As denúncias no jornal dizem respeito a contas de água de consumidores, que antes eram de R$ 50 reais e passaram a R$ 5.000, de um morador, e de outro que apresenta uma elevação de tarifa de 11.300%. Um morador prejudicado informa que seu hidrômetro chegou até a ser retirado para perícia e que a empresa diagnosticou não haver qualquer defeito no mesmo.
Mas a informação mais valiosa foi prestada por um consumidor: “Fui até o escritório da Copasa da minha cidade levando a foto do medidor e a conta. Fui informada pela funcionária que as leituras dos 3 últimos meses foram feitas erradas, mas sempre para mais, a favor da Copasa. Há quanto tempo estou pagando mais do que realmente gastei?” Está claro aí que temos um grave problema de leitura, ocorrência comum que vem desesperando a população desde que a Copasa decidiu TERCEIRIZAR a atividade dos leituristas.
A reportagem, de “O Tempo”, baseada em levantamento no site “Reclame Aqui”, informa que a plataforma recebeu 5.179 reclamações contra a Copasa por cobranças indevidas em 2024, superando as 4.874 do ano anterior. Informa também a ocorrência das mesmas reclamações no Procon contra a empresa. Também na agência reguladora (Arsae-MG), com membros indicados pelo governador Zema, as manifestações contra a Copasa representam 31,4% das encaminhadas à Ouvidoria.
Um detalhe de relevante importância, a Arsae informa que os registros deste tipo de manifestação só acontece no órgão depois de tentada resolução do problema com a prestadora do serviço, sem êxito.
Por seu lado, a direção da Copasa se escusa afirmando que o levantamento das denúncias seria dados de um Estado inteiro, representando “0,04% de mais de 5,5 milhões de imóveis atendidos”. Infelizmente, temos na resposta da empresa um outro grande e grave problema: que “após registrar a reclamação em um dos canais de atendimento da Copasa, a ação de suspensão do fornecimento de água é bloqueada, até uma resposta ou solução pela Companhia” e solicita aos clientes que priorizem o contato direto com a empresa “para agilizar o atendimento às demandas, tirar dúvidas e registrar reclamações”.
A Copasa só não informa que está fechando todas as agências de atendimento e que o consumidor precisa se virar com a tentativa de atendimento online pelo site da empresa, sempre com um terceirizado no meio do caminho prestando o serviço que antes era realizado por trabalhadores próprios, treinados e compromissados com a qualidade e eficiência para o consumidor e pela imagem da companhia