
MOBILIZAÇÃO HISTÓRICA PARA DEFENDER A COPASA COMO PATRIMÔNIO DO ESTADO
Manifestação dos trabalhadores mostra a força da resistência contra a privataria do governo Zema sobre serviços essenciais mantidos por empresas estatais como a Copasa e a Cemig
A Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG) viveu ontem, 17 de junho, um dia histórico para defender a garantia estabelecida na Constituição de Minas para que nenhuma empresa estatal mineira seja privatizada sem referendo popular e ainda o mínimo de 3/5 dos votos dos deputados estaduais.

Com participação gigantesca de centenas de trabalhadores da Copasa e da Cemig em audiência pública na ALMG, foram demonstrados números consistentes, de balanços publicados pela própria empresa de saneamento, de que estas empresas estatais são instrumentos poderosos e muito mais eficazes para geração de caixa do próprio Estado para sanear sua dívida com a União.

Na Audiência Pública, convocada pelo deputado Betão (PT), com o plenário e o espaço externo anexo lotados de trabalhadores, o presidente do SINDÁGUA, Eduardo Pereira, apresentou os números reais divulgados pela própria Copasa que demonstram que o lucro líquido da empresa previstos em três anos (R$ 1,3 bilhão em cada ano), ou a receita bruta em apenas um ano (R$ 7,67 bilhões), é maior do que o valor que o governo Zema se arvora em precificar a Copasa, para entregá-la a “preço de banana com casca” à iniciativa privada por cerca de R$ 4,5 biçhões a R$ 5 bilhões. Eduardo apresentou também o Programa de Investimentos da Copasa de 2025 a 2029, projetado em R$ 17 bilhões. Estes números são extremamente representativos, diante da regulação do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), que prevê que os investimentos em saneamento sejam abatidos do saldo devedor com a União.
Os posicionamentos foram unânimes na Audiência Pública em condenar o golpe que o governador Zema pretende aplicar, utilizando o Propag para privatizar as estatais (como Copasa e Cemig) e vender inacreditável volume de patrimônio público do Estado, que envolve hospitais, estrutura educacional, aeroportos, fóruns e até uma região ocupada por povos indígenas.

A grande e histórica manifestação dos copasianos foi destacada pelos deputados Betão (PT), Professor Claiton (PV), Bella Gonçalves (PSOL) , Beatriz Cerqueira (PT) e Celinho do Sintrocel (PCdoB), qualificando o movimento como o instrumento imprescindível para enfrentamento da ameaça e para sensibilizar os demais parlamentares em cada região pela preservação dos serviços públicos essenciais representados pela Copasa e Cemig. Reportagem da própria ALMG destacou a mobilização gigantesca que lotou o Espaço Democrático José Aparecido de Oliveira, contíguo ao plenário, para comportar o imenso número de trabalhadores.
CAMPANHA PELO ACORDO COLETIVO

A manifestação aconteceu depois que a categoria aprovou a Pré-Pauta de Reivindicações, em ASSEMBLEIA GERAL na portaria da Regional da Copasa, com a rua mar de Espanha fechada e lotada de trabalhadores. Nesta quarta-feira, 18 de junho, os trabalhadores podem ainda dar sugestões à pauta em votação na página do SINDÁGUA.
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