Mais uma mudança na alta direção da Copasa alarga o caminho para o entreguismo manipulado pelo governo Zema para vender a empresa.
O governo exonerou na diretoria de Operações o funcionário Guilherme Frasson, mesmo ele cumprindo à risca a receita do governo para sucatear e desestruturar a Copasa em todo o Estado, com mudanças contínuas que vêm precarizando as condições de trabalho e operacionais da empresa.
Frasson se aproveitou para sair com o PDVI e burlou regimento interno da empresa para se manter no cargo através de conchavos políticos, sendo que o Estatuto da Empresa exige que, para ocupar o cargo, é preciso ser membro efetivo.
O resultado dessa atuação pode ser visto em estruturas caindo aos pedaços, em condições de grave risco e na explosão dentro da empresa das ocorrências de acidentes graves de trabalho, inclusive com mortes de trabalhadores.´
Mas quem se presta ao desserviço em uma empresa de serviços públicos essenciais para a saúde do povo não deixa de ser aproveitado em sua experiência destrutiva e já se fala que o “exonerado” deve voltar como “consultor”, para consumar a tarefa, até que consiga fechar o caixão da estatal e entregar o patrimônio para a “exploração” de interessados na privatização.
Sua tarefa certamente será orientar o caminho das pedras para a nova diretora de operações, Laura Petri Geraldino, que se apresenta como “ex-vice-presidente operacional da Casal”, empresa de saneamento de Alagoas arrasada por gestões que a colocaram como a pior do setor em todo o Brasil.
O comunicado que anuncia mais uma “paraquedista” na Copasa escancara a intenção: sinaliza prioridade à entrega e à gestão de contratos num momento de maior escrutínio societário e regulatório. A nova “ocupante” da diretoria de operações atuou fortemente na estatal de saneamento de Alagoas para entregar a empresa ao setor privado. Portanto, continua no governo de Minas a prática zemista de colocar raposas para tomarem conta do galinheiro.
O governador Romeu Zema e seu garupeiro, Mateus Simões, atuam em todos os flancos possíveis: pressionam os deputados, com apoio de banqueiros como André Esteves, do BTG Pactual, colocam forasteiros em cargos estratégicos da empresa, onde as informações caem no colo dos proponentes em comprar a Copasa, e contam com a omissão de instituições de Estado que não agem para proteger a estatal patrimônio de Minas, essencial para garantir serviços que representam para o povo o direito à saúde sanitária.
FRASSON: PRECARIZAÇÃO SEM LIMITE E CAOS
