“ZEMA É MEDÍOCRE”

“ZEMA É MEDÍOCRE”

27 de junho de 2024 0 Por Edição Sindagua MG

O diagnóstico é de Paulo Brant, vice-governador de Zema no primeiro mandato

A afirmação é de Paulo Brant, vice-governador de Minas no primeiro mandato de Romeu Zema, que declara ainda em matéria do jornal “O Tempo” não concordar “com a postura de Zema de murchar o tamanho do Estado”.
Segundo ele, “o governo de Minas faz o dever de casa de maneira medíocre”, e critica o conceito de Estado “eficiente” cobrando medidas reais para “eficácia”.
Paulo Brant ressalta que “o governador é medíocre, no sentido mais literal”. Destaca ter boa relação com muitas pessoas do partido Novo, mas que a legenda passou a “flertar com radicalismos ideológicos”.
Lembra que o Novo tinha ideias interessantes, mas se perdeu no dogmatismo, numa visão preconceituosa da política, “se posicionando em um espectro ideológico de extrema direita”, chegando ao entendimento que “o governo não é tão importante”. Completa ainda acreditar que “quem faz a vida da sociedade são as pessoas, mas é preciso um governo que tenha um projeto transformador” e “não há nada pior para o setor privado que um governo sem rumo”.
Para o ex-vice de Zema, o governo está sem perspectiva, desorientado, desnorteado, indo à deriva, reagindo de forma passiva aos problemas que vão surgindo e se agravando. Para ele, os debates estão se descambando para abordagem radical de costumes, sendo uma cortina de fumaça para esconder a verdadeira solução dos problemas, que passam pela “promoção de políticas públicas para combater as desigualdades, pobreza e miséria”.
Critica o viés de reduzir o tamanho do Estado: “É um equívoco imaginar que o setor privado resolve tudo, sendo necessárias políticas sociais para parcela enorme da população que precisa do Estado, como até na área da economia”. Paulo Brant, escancara também a “incapacidade gravíssima do governo em construir uma maioria orgânica, democrática e republicana no parlamento”, e afirma que a maioria alcançada “é precária e superficial”.
Toda a crítica feita agora pelo vice de Zema no primeiro mandato vai de encontro às constantes denúncias que o movimento sindical vem fazendo da política entreguista de privatizar as estatais responsáveis pelos serviços públicos essenciais para a sociedade, como saneamento e energia elétrica, tentando impor mudanças na Constituição de Minas para calar a população e tirar poderes dos deputados estaduais. Empresas como a Copasa e a Cemig estão sendo dilapidadas em suas estruturas, promovendo uma terceirização agressiva, distribuindo dividendos escandalosos aos acionistas que tiram das empresas sua condição de desenvolvimento e investimentos no processo de universalização e garantia dos serviços essenciais em todo o Estado, em regiões ricas e também nos rincões de pobreza.