MINISTÉRIO PÚBLICO E DELEGACIA REGIONAL DO TRABALHORECEBEM DENÚNCIAS DAS DEMISSÕES IRREGULARES NA COPASA
12 de abril de 2024O SINDÁGUA protocolou ofício no Ministério Público do Trabalho (MPT) e na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-MG), onde denunciamos demissões em massa praticadas pela Copasa, ferindo cláusula de Acordo Coletivo de Trabalho, desrespeitando a legislação trabalhista e a Constituição Federal.
Grosseiramente, em documento expedido pela Copasa, a empresa faz interpretação completamente sem sentido da Lei 14.026/2020, alegando impacto do novo marco regulatório do saneamento, partindo para a dilapidação do seu próprio patrimônio e fazendo demissões em massa, condições contrárias a quem precisa de instrumentos para atingir a universalização dos serviços.
Encaminhamos ao MPT e SRTE-MG documento produzido pela empresa, em que extrapola qualquer princípio de razoabilidade e informa que sua diretoria colegiada deliberou pela demissão dos trabalhadores, amparada em permissão concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Ressaltamos que, desde que Romeu Zema assumiu o governo do Estado com o propósito de privatizar as principais empresas de serviços públicos essenciais (Cemig e Copasa), passou a ser praticada uma gestão perversa de sucateá-las e de não cumprimento de contratos, deliberadamente para criar a insatisfação social com o Estado e ancorar o discurso privatista do governador.
O governo procura demonstrar, de forma mentirosa, que a Copasa não consegue investimentos para alavancar a universalização do saneamento, mesmo com a empresa apresentando um “lucro líquido” de mais de R$ 1,5 bilhão em 2023 e enchendo os bolsos de acionistas com dividendos escabrosos, entre eles o próprio Estado, que pega 50% dos recursos.
Podendo distribuir 25% do lucro líquido, a empresa opta por premiar os acionistas com autorização de 50% do apurado, mas vem repassando regularmente dividendos extras, com mais de R$ 1 bilhão tirados do saneamento para os bolsos dos investidores no ano passado. Em 2020, tivemos a escandalosa situação de R$ 1,05 bilhão distribuídos contra um lucro líquido de cerca de R$ 800 milhões durante um período de pandemia.
Zema não conseguiu convencer a Assembleia Legislativa a implementar mudança na Constituição de Minas para tirar da população seu direito de opinar através de plebiscito sobre o desejo de privatizar a Copasa e a Cemig e também reduzir o quórum de votos dos deputados de 3/5 para maioria simples para vender as empresas. Se não conseguiu mudar a lei para viabilizar a privatização, a gestão zemista se arvora em desrespeitá-la para encaminhar o projeto entreguista.
Com a demissão em massa irregular, contratos de PPP e terceirização de quase tudo nas empresas, já vem sendo praticada uma privatização branca na Copasa e na Cemig, destruindo o patrimônio público e colocando a população nas mãos de interesses privados ávidos em lucrar com o aumento de tarifas em serviços essenciais.
Denunciamos ao MPT as remunerações estratosféricas recebidas pela direção da Copasa, com salários elevados de R$ 34 mil para cerca de R$ 90 mil e bônus anual para diretores de cerca de R$ 400 mil, com informações de dobro deste valor para a presidência. Esta é a situação dos patrões que demitem trabalhadores sem justa causa, alegando que fazem as demissões por causa de altos salários e desempenho carimbado abaixo de 70% por avaliações subjetivas. Trabalhadores com mais de 30 ou 40 anos de empresa recebem a informação das demissões como um “despejo”, humilhados, desprezados e desrespeitados, por uma empresa que terceirizou o seu próprio RH, trazendo uma forasteira que trata as “Relações HUMANAS” com o chicote seboso, sem se incomodar com pessoas empregadas na Copasa pelo instituto do concurso público determinado pela Constituição.
Estou insastifeita com servico ,da copasa te quase 15 dias bebendo agua de caixa da agua, mesmo pagando conta nao estou tendo agua outro no nao pude tomar banho , nem fazer comida por falta da agua .por esse motivo vou procurar ministerio publico