O país no escuro por Privatização inconsequente
25 de agosto de 2023No último dia 15, uma pane no sistema elétrico brasileiro deixou 25 estados e o Distrito Federal sem energia, restabelecida 6 horas depois sem que fosse dado qualquer esclarecimento e informada a causa do apagão.
O governo Brasileiro, concessionário dos serviços não conseguiu acessar o “Operador Nacional do Sistema (ONS), um “ente privado” e muito menos obteve qualquer informação da Eletrobrás, privatizada no governo Bolsonaro, reduzindo a participação do Estado na empresa de 65% para 42%, deixando de ser o acionista majoritário.
Um serviço público estratégico, que pode parar indústrias, hospitais, todo o comércio, fica a mercê da insegurança e ameaças a soberania nacional, por um apagão que deixou sem energia 8 milhões de quilômetros quadrados e dezenas de milhões de brasileiros prejudicados. O governo federal simplesmente não conseguiu acessar o sistema para agir imediatamente e a razão disto está ligada efetivamente no desmanche da estrutura e capacidade técnica, destruída na Eletrobrás privatizada. A Eletrobras mandou embora praticamente todo o quadro técnico experiente e conhecedor do Sistema Interligado Nacional e tem em curso mais um programa de desligamento “voluntário”, que pretende demitir mais 1.500 profissionais.
O desrespeito levou à discussão a discutir com o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a presença do Governo Federal no Conselho de Administração da Eletrobrás, além de acionar a Polícia Federal para obter informações sobre as causas do apagão, depois de horas de desorientação e sem qualquer manifestação da empresa neste sentido
Posteriormente, a Eletrobras confirmou em nota o desligamento de uma de suas linhas de transmissão no momento inicial do apagão de terça, o que teria provocado o erro que desencadeou o apagão. A demissão dos profissionais qualificados, que sabem da responsabilidade e tem capacidade técnica operacional, está na raiz do problema da privatização a qualquer custo para o povo e muito lucro para os investidores. A segurança nacional passou a importar pouco ou nada para a privataria.