TRABALHADORES DA CORSAN SÃO DEMITIDOS EM MASSA PELA AEGEA APÓS PRIVATIZAÇÃO

O Sindágua lê a notícia para você:

Vencido um prazo de estabilidade de 18 meses, após tomar os serviços da Corsan, no Rio Grande do Sul pela privatização, a Aegea já desligou da empresa cerca de 200 trabalhadores, que foram demitidos no último dia 14, entre eles inclusive dirigentes, delegados sindicais e integrantes de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), que gozam de estabilidade prevista na legislação.
A demissão em massa irregular está sendo denunciada pelo Sindiágua-Rio Grande do Sul, que estuda ação jurídica para defender os direitos dos trabalhadores, que estão sendo orientados a procurar o Sindicato, a não assinarem o formulário de demissão e se escorarem sempre com duas testemunhas.
A Corsan segue a lógica privatista e alega “redefinição de quadro de colaboradores”, sacrificando os trabalhadores sobre o pretexto de processo de “adequação à gestão privada”.
O presidente do Sindiágua-Rio Grande do Sul, Arilson Wünsch, lembra que o Sindicato trabalhou intensamente para resistir à privatização e que conseguiu estender a estabilidade por 18 meses, com a possibilidade de indenização por opção dos trabalhadores. Arilson ressalta a lógica da demissão em dois a três meses após o processo de privatização, descartando trabalhadores.
Em nota, a empresa é lacônica: “Utilizamos o período para capacitar equipes, mapear talentos, reestruturar processos e implementar novos sistemas e tecnologias. Agora, em uma fase natural de ajustes, a adequação do quadro está sendo realizada de forma responsável, em conformidade com a legislação, e incluindo benefícios adicionais aos trabalhadores, como extensão do plano de saúde, antecipação de valores da participação nos lucros, apoio psicológico e consultoria de carreira”.
É, no mínimo, assustador para tantas famílias que seguiram vidas inteiras de dedicação à Corsan e que vêm seus trabalhadores afastados como peças de uma engrenagem modificada por interesses privados.
A direção do SINDÁGUA-MG se solidariza com todos os trabalhadores e com a direção do Sindiágua-Rio Grande do Sul, tendo a sua luta como exemplo de resistência ao desmanche de empresas estatais de serviços públicos essenciais para a saúde da população.

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